Resenha de Livro: A Culpa é das Estrelas - John Green

9 comentário(s)
Título: A Culpa é das Estrelas  
Título Original: The Fault in our stars
Autor: John Green
ISBN: 978-85-8057-226-1
Páginas: 288
Ano: 2012
Editora: Intrínseca
Preço: 29,90
Avaliação:


Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.




Escrita simples e de conteúdo forte, culminam em uma obra prima da escrita contemporânea. 


Foram inúmeros os murmúrios em volta de A Culpa das Estrelas, livro que assim que lançado pela editora Intrínseca despertou interesse de uma massa enorme de leitores e críticas em sua grande maioria positivas,  tornando-se um sucesso literário de opinião positiva quase que totalmente homogênea, já que as críticas negativas foram poucas. 

Foi graças e toda essa rede de comentários em volta da obra e meu já antigo interesse em ler uma obra do autor John Green que acabei me interessando pela leitura desse livro. E bom, o meu resultado só torna o índice de satisfação geral desse livro ainda mais positivo já que fui mais um dos leitores que se encantou com essa obra. 

Durante a narrativa somos apresentados a Hazel, uma adolescente que tem uma relação não muito agradável com o câncer. Diagnosticada desde criança como portadora de câncer, Hazel se viu a cada dia mais dependente de um hospital e de seu tanque de oxigênio que anda com ela o tempo todo sendo assim afastada violentamente da sua vida habitual de garota adolescente. Ao longo do tempo a menina parece aceitar a doença e viver bem com isso, mas lá no fundo, o que mais quer é morrer para tirar o peso, ela mesma, das costas dos pais. 

Hazel participa toda semana de um grupo para pessoas que passaram e/ou ainda passam por dificuldades advindas do câncer. O grupo é composto por várias pessoas que praticamente relatam todos as semanas as mesmas dificuldades a qual estão submetidos e tentar encontrar soluções e força para continuar aguentando firme. Hazel não gosta do grupo mas a sua mãe faz questão que a menina participe. Em um desses encontros semanais, Hazel acaba conhecendo um garoto que nunca havia comparecido ao grupo, seu nome é Augustus, que logo vem a ser chamado de Gus. Esse garoto é amigo de Isaac, um antigo frequentador do grupo que teve um câncer raro no olho e acabou ficando cego de um dos olhos e corre o risco de ficar cego do outro após uma cirurgia. Logo, ambos viram amigos de Hazel, mas claro, a menina olha para Gus de um jeito diferente. 

Assim como Hazel, Gus enfrenta problemas com o câncer que anos atrás fez com que o garoto tivesse que amputar a própria perna e passar a usar uma prótese no lugar. O garoto é extremamente genial e bem construído, rapidamente ele vira amigo de Hazel e não demora muito para que isso evolua para um patamar mais alto e sério. 

Viver com câncer terminal, como é caso da Hazel é algo extremamente difícil, algo que vai além das dificuldades físicas que a doença provoca uma vez que o próprio sentimental do portador fica extremamente frágil. Assim, Hazel tem pra ela que a qualquer momento ou em qualquer minuto a sua hora de partir pode chegar, o que só torna a sua vida mais incerta. Para sua mãe, essa incerteza é o que deve impulsionar a filha para viver cada dia intensamente. E aí vem o questionamento: “Será que é necessário uma doença para que tenhamos que viver intensamente cada dia?” “Uma pessoa com câncer necessita mesmo ser tratada diferente do que se trataria outra pessoa só porque ela tem uma doença?” E esse é só um dos vários questionamentos que o livro nos traz. 

A trama do livro é extremamente rica em detalhes e possui descrições fantásticas, que só fazem a emoção no leitor fluir com uma facilidade tremenda que não é de se estranhar que muito venham a se emocionar entre uma página e outra. A narrativa é feita em primeira pessoa e o fato dos personagens, principalmente a personagem principal, serem bem trabalhados fazem com que o leitor não se sinta cansado deles em momento algum, ao contrário, faz com que os mesmos implorem por mais capítulos e mais fragmentos da história.

Gostei muito da história criada por John Green. Entre todos os livros que li na minha vida esse foi o que mais me emocionou e me fez sentir verdadeiramente as emoções dos personagens como se fossem parte de mim ou um amigo muito próximo que passava por aquilo. Foi assim que percebi uma grande qualidade do autor, ele não só consegue criar um ambiente com personagens em uma situação enormemente triste como também inserir o leitor naquela realidade, muitos autores conseguem fazer isso, mas John Green consegue de uma maneira tão pungente que quando o leitor percebe já está mergulhado em lágrimas. 

Termino essa resenha com um elogio que Hazel dá ao seu autor favorito na trama do livro, porém direcionado ao autor desse livro: “Eu leria até a lista de compras do John Green”. Fiquei fascinado com meu primeiro contato com o autor, mesmo não achando o que a maioria das pessoas diziam em resenhas e papos literários. Ainda assim, é uma ótima obra, a qual não penso duas vezes antes de fazer uma indicação.

9 comentários:

Blood good disse...

ownn eu gostei demaiss o/
todo mundo me indica esse livro
um dia eu leio, prometooo o/
sou do tipo de pessoa, que vai comprar livro dizendo
"vou comprar tal livro, e é só ele", e quando volto, trago mais 6 livros, e dentre eles nunca está o qe eu queria comprar, kkkkk
acervo-de-livros.blogspot.com

Uill Cardoso disse...

Juan, realmente, A Culpa é das Estrelas é tão bom que eu tirei uma foto mordendo ele e acho que você lembra disso...
John Green é um autor completo... Acho que posso dizer isso quando em relação a este livro... Hazel foi uma das melhores personagens que conheci em toda uma vida de leitura...
Ansioso demais para novos livros dele, e para o filme de A Culpa é das Estrelas, porque né

Wandeson Felipe disse...

Esse livro é ótimo! Li ele ano passado!
E vai virar filme! Espero que seja bem fiel ao livro.
A Emma Watson é a mais cotada para o papel da Hazel!

Adorei a resenha!

Cachola Literária disse...

Oi,amore!

Eu não aguento mais ouvir alguém falando que esse livro é lindo, emocionante, etc e tal. Eu aqui marcando bobeira! Sua resenha ficou linda e me deixou ainda mais curiosa. Vou colocá-lo na minha lista de leituras de março.
Bjs!

Zilda
http://www.cacholaliteraria.com.br

Marli Carmen disse...

Oi, gostei da sua resenha pq foi possível conhecer melhor o livro.
Beijinhos no coração e um ótimo final de semana para você.
http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/

Unknown disse...

Eu, sortuda, ganhei ele numa promoção! haha
Chegou aqui em casa semana passada, então ainda não comecei a ler. Espero gostar dele tanto quanto as pessoas estão gostando. Pois ano passado já me decepcionei com um livro que todo mundo estava adorando...

Abraços!

Unknown disse...

Ótima resenha Juan e eu sou um dos que está doido pra ler esse livro. Fiquei muito mais curioso com sua resenha. Abraços!

Jean
http://cabanadoslivros.blogspot.com.br

Just Books disse...

Oi Juan!

como não amar A Culpa é das Estrelas, me diz? É impossível! John Green realmente tem uma capacidade de nos introduzir na história de incrível. Sinto vontade de chorar só de ler trechos ou relembrar a a história <3

Adorei a resenha!

Beijão:*
Naty.

Just Books disse...

Esqueci de falar, mas só pra constar: o blog está LINDO! *-*

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Manuseador da pena

Juan Silva, 16 anos, Carioca e Sagitariano. 3º ano e estudante do curso técnico de química. Não vivo sem bons livros, séries e filmes. De vez em quando, um café gelado sempre é bem vindo. {mais?}

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